Para aqueles conhecedores do coaching em seu estagio atual, é desafiador imaginar quantos conceitos e estudos foram agrupados e conectados para sua construção. Para evidenciar alguns fatores importantes Lages e O'Connor (2010) elencam as quatro disciplinas centrais do coaching, explanando sobre a ideias e os conceitos do cenário no qual o coaching foi concebido e aprimorado.
As quatro
disciplinas centrais do Coaching
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Psicologia Humanista
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Filosofia oriental
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Construtivismo
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Estudos Linguísticos
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Fonte:
Lages e O'Connor (2010, p.25)
Entendendo os
conceitos:
Psicologia
Humanista
É uma das principais raízes do coaching;
Chamada de terceira força, pois a psicologia americana (primeira metade do séc. XX) era dominada por duas escolas de pensamento: o comportamentalismo e a psicanálise; O comportamentalismo via os seres humanos a partir de uma perspectiva externa em sua relação com o ambiente; Os psicanalistas focalizavam os aspectos internos, os motivos profundos do individuo e a maneira como moldavam seu comportamento;
Nenhuma das duas vertentes via a pessoa pelo prisma de suas próprias experiências, valores, metas, tampouco pela sensação de ser humano.
Psicólogos liderados por Carl Rogers e Abraham Maslow queriam criar um sistema de psicologia que focalizasse a maneira como as pessoas se sentiam e pensavam a seu próprio repeito, e o que elas consideravam importante do ponto de vista subjetivo.
Este estudo era a psicologia humanista, lidava com questões como autorrealização, saúde, esperança, amor, criatividade e significado - compreender o que significa ser- humano ( LAGES E O' CONNOR, 2010, p. 26).
Filosofia oriental
Década de 1960 ocorre um enorme ressurgimento do interesse pelo Budismo e pelo pensamento oriental no ocidente, coincidindo com a ascensão da psicologia humanista e do movimento pelo potencial humano.
A filosofia e a religião ocidentais enfatizam ação e realização enquanto as abordagens orientais enfatizam o ser. O movimento pelo potencial humano demonstrava muita afinidade com a abordagem oriental.
O coaching, desta forma, possui muitas relações diretas e indiretas com o pensamento oriental. Muitas abordagens orientais eram ensinadas no Instituto Esalen e integradas à filosofia ocidental (LAGES E O' CONNOR, 2010, p. 29).
Construtivismo
Nascemos em um mundo estranho, criado à medida que exploramos e descobrimos. Fazemos sentido de nossas experiências e interpretamos o que acontece através de nossa história.
Alguns clientes chegam as sessões de coaching sentindo-se inoperantes, exercendo pouca influencia no curso de suas vidas, o coach não tenta melhorar suas vidas, tampouco lhes diz como fazê-lo. Ao contrario, o coach os ajuda a ver, primeiro, que eles estão contribuindo para criar a vida que estão levando, e segundo, de que maneira o estão fazendo. E assim eles podem mudar suas vidas fazendo algo diferente (LAGES E O' CONNOR, 2010, p. 30, 31).
Estudos
linguísticos
A linguagem é o meio pelo qual nos comunicamos, provavelmente uma das mais notáveis invenções humanas. Construímos nosso mundo em função da relação existente entre as coisas e de seu significado, utilizando a linguagem para nos comunicar.
A maneira como vivenciamos o mundo depende de nossos interesses, nossa atenção e nossa saúde. Nem tudo que vivenciamos somos capazes de registrar. Existem coisas que sequer notamos, e outras que esquecemos imediatamente. Interpretamos aquilo que nos lembramos e comprimimos esta rica experiência sensorial em uma camisa de força linguística, escassas palavras que requerem tempo e sequencia para fazer sentido.
Muitos clientes de coaching ficam a mercê da maneira como descrevem verbalmente suas experiências, são servidores e não mestres da linguagem. Os coaches ouvem mas não sabem como tudo "realmente" se passou.
A função do coach consiste em utilizar as palavras para ajudar os clientes a refletir sobre si, a adotar uma nova perspectiva e , assim, ver o mundo de outra forma (LAGES E O' CONNOR, 2010, p. 33,34).
Muitos clientes de coaching ficam a mercê da maneira como descrevem verbalmente suas experiências, são servidores e não mestres da linguagem. Os coaches ouvem mas não sabem como tudo "realmente" se passou.
A função do coach consiste em utilizar as palavras para ajudar os clientes a refletir sobre si, a adotar uma nova perspectiva e , assim, ver o mundo de outra forma (LAGES E O' CONNOR, 2010, p. 33,34).
LAGES, Andrea; O'CONNOR, Joseph. Como o Coaching funciona: o guia essencial para a historia e pratica do coaching eficaz. [Tradução de Luiz Franzão Filho]- Rio de janeiro: Qualitymark, 2010.
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